Luk ti! Amelí. Bena mi, Gee. Guará! Stum
Joice Gumiel Passos
Mestra em Filosofia da Estética, UFRJ,
Membro ABCA/AICA.
Luk ti! Amelí. Bena mi, Gee. Guará! Stum.
2010
Catálogo da Mostra e jornais de Cuiabá
e Curitiba
Misturando
arte urbana com cultura local, tecnologia com mitos e tendência global, a “arte-
brinquedo” equivale à exigência do divertido na pós-modernidade.
Obras únicas
ou com tiragem limitada, numeradas e assinadas, que podem resultar de técnicas
artesanais, handmades, ou serem produzidas em escala industrial,
estes trabalhos manifestam um universo lúdico e onírico, ao mesmo tempo, que
ironizam, criticam e satirizam a realidade da vida contemporânea.
Daniel
Pellegrim mistura arte urbana, tecnologia industrial, discurso mecânico,
técnico, tendência global com a cultura local, com os mitos, as nuances da
diferença, o artesanal, o sonho, a utopia, o lúdico e o primordial.
Os elementos
curvos, serpenteados, ilógicos, produzidos ora de forma original, ora
mecanicamente repetidos, organizados e reproduzidos em série, podem resultar
numa obra única, tinta acrílica sobre linho, ou num papel de parede e, sobre
este, pode ou não estar camuflado, um quadro, com o mesmo padrão e tema. Seus
personagens podem compor imagens inaugurais ou são as células básicas, com
variações, que resultam nas organizações geométricas, ou não, das suas
composições.
Os
personagens, aparentemente apenas lúdicos, oníricos e divertidos, mas,
realmente, criativos, transcendentais e críticos, são células básicas
inteligentes que, organizadas, podem desenvolver os mais variados temas, indo
da possibilidade da diversão ao comprometimento, do surrealismo à arte
conceitual, da composição da araucária ao coqueiro, sempre na busca universal
de novas células inteligentes que venham compor a rede transformadora, crítica,
criativa e, fundamentalmente, divertida.
Curitiba, 19 de agosto de 2010.
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